terça-feira, 24 de julho de 2012

O pobre Brasil, pobre é

Você vai ao exterior e diz que é brasileiro. Logo, dizem futebol e samba. Se bem que futebol está bem a desejar. Foi-se o tempo em que tinha bons jogadores concentrados em um único time, como nas últimas Copa do Mundo em que venceram, em 1994 e 2002. Não vou falar das outras porque não tinha nem nascido. Enfim, daí vem um americano para cá, logo, o idolatram. Pode ser um fracassado, mas ele será idolatrado, porque ele vem da terra do Tio Patinhas, Opssss!! Tio Sam...de pessoas ricas, que falam a língua dominadora do mundo, o inglês, e são o exemplo, também do mundo.

Brasileiros, é triste a realidade, mas é assim mesmo que funciona. Um país visto como 'coração de mãe', acolhedor, com pouca política de entrada de estrangeiros, onde a cada ano que passa a população aumenta, não apenas de nascidos, como de idôneos também. Todo mundo quase sempre faz o que quer, e sem estrutura para comportá-los. Gerando pobreza e mais pobreza.

Outro dia, liguei a tv, de tarde, e caiu na Rede Bandeirantes, estava passando o programa da Márcia Goldsmith, fiquei abismada com o que li:

"Mulher com sete filhos vive de Bolsa Família", se não era isso, era algo parecido.

Então, eu muito curiosa, resolvi ouvir a história, porque já conhecia mais ou menos a política de distribuição de dinheiro desse programa social. Indo de R$ 32,00 a R$ 242,00, sendo esse último valor dificilmente de conseguir. Fiquei encafifada, porque quem conseguiria sobreviver da Bolsa Família? Ninguém! Por isso, parei o que estava fazendo para ouvir. Assim, ela disse, que não trabalha, tem sete filhos, um de cada pai, não recebe pensão de nenhum deles, pois nenhum deles têm condições de comprar ao menos uma lata de óleo para eles. 


A apresentadora, querendo causar polêmica pergunta, "Com que dinheiro você se sustenta, ou compra as coisas para seus filhos?" Aí estava o "x" da questão. Sua resposta foi: "Bolsa Família". A apresentadora, faz uma outra pergunta "Quanto você recebe do Bolsa Família?". A entrevistada, por sua vez, leva o público ao delírio, "R$ 75,00". Outra pergunta vem a seguir "Você consegue sobreviver só com esse dinheiro?", mais uma vez ela responde, causando muito mais alvoroço na platéia "Sim!".


Detalhe, que ela também havia dito que mora em um barraco, e toda a instalação de água e elétrica, era 'gato'...Sim! exatamente com essa palavra.

Para falar a verdade, eu não concordo com essas coisas de programas sociais de dinheiro fácil. O cidadão vai até o caixa eletrônico, saca o dinheiro do Programa, gasta e não usa para o que realmente é destinada. O dinheiro do governo, que é nosso também, vai-se embora em menos de cinco minutos. Daí a gente canta aquela música "Dinheiro na mão é vendaval..." Que gasto mais banal! 


Esse dinheiro 'dado', pode até ser bom para o governo conseguir voto em eleições futuras, mas para o povo, isso é péssimo. Aliás, não só para o povo, para o país. Uma vez que vivemos em um país pobre, onde a maior parte da população é pobre, isso seria 'mel na chupeta' para compra de votos. Não é assim que um país vai para frente.

Todo esse dinheiro poderia muito bem ser investido nas áreas científicas e tecnológicas, como realmente, países desenvolvidos fazem. Até mesmo, em investimentos nos sistemas educacionais, para melhor mão-de-obra qualificada. Sem precisar recorrer a profissionais do exterior, ocupando vagas que poderiam ser de brasileiros.

O governo infelizmente pensa erroneamente, deixando de pensar no país, conjunto, para pensar no indivíduo, único. Precisa pensar no indivíduo? Sim! Mas ele inserido dentro do conjunto, pensando dessa forma, tudo começa a mudar. O interesse deixa de ser único para ser de muitos. Aonde muitos passam a ter oportunidades na vida. É evidente, que tudo muda quando o foco está muito mais relacionado a interesses políticos. A verdade dói, mas é real. Sem mais.

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