quarta-feira, 9 de maio de 2012

Sacolinhas, as vilãs por acaso

Faz um tempo que venho acompanhando essa história de proibição da distribuição de sacolinhas plásticas nos supermercados. Posso dizer que tudo isso me deixa encafifada. Penso e repenso, mas a conclusão é sempre a mesma. Um monte de baboseiras sem sentido.

Desde o ano passado a APAS (Associação Paulista de Supermercados) promoveu uma campanha "Vamos tirar o planeta do sufoco". Uma iniciativa que procura começar a cuidar do planeta e do futuro das próximas gerações. Justificando que as sacolinhas levam 300 anos para se decompor na natureza, e somente na capital de São Paulo são consumidas mensalmente 2,5 bilhões delas.

Há até uma história que diz, por elas serem um subproduto de petróleo, e futuramente vai faltar petróleo, como está cada vez mais escasso nessas regiões desenvolvidas do mundo. A solução seria poupar essa matéria-prima. Como o Oriente Médio não é uma região desenvolvida mundialmente, lá não conta. Apesar de ter a maior reserva mundial de petróleo. O que lá tem de petróleo, não tem de água. Eu acho que preferiria água do que petróleo. Apesar de essa ser a grande fonte econômica da região.

Mas voltando ao assunto, em relação a tudo isso. Deixando de fazer as sacolinhas, proveniente do petróleo, teríamos uma menor emissão de CO2. Esse que acarreta na emissão de gases poluente. Assim, ocorrendo o famoso efeito estufa, o que pra mim também não passa de baboseira. Essa coisa de que está sumindo blocos de gelo do mundo, pra mim é tudo mentira. Foi constatado recentemente que tem até aumentado os tais blocos de gelo em algumas regiões que as tem.

Algumas questões eu acho que deveriam ser respondidas não só para mim, como para todos. Perguntas como: "Quantas sacolinha plásticas são necessárias para compor uma garrafa dessas de 2l de refrigerante?", "Se o problema são as sacolinha que demoram 300 anos para se decompor, quanto tempo levaria uma dessas garrafas de refrigerante, uma vez que o plástico é bem mais grosso?", "Será que ela também não é nociva à natureza, assim como embalagens plásticas de mantimentos como arroz, feijão, iogurte e outros produtos que se encontram nas prateleiras do supermercado?". Logicamente, vocês acharão essas perguntas  irônicas, mas foi essa a intenção.

Meu caro consumidor, quem sai perdendo somos nós que aceitamos toda essa conversa fiada. As pessoas que lucram com tudo isso são os supermercadista. Os preços das mercadorias continuam os mesmos. Os valores das sacolinhas que são acopladas nos preços finais das mercadorias, permanecem. Veja só, você agora tem as caixas de papelão. Mas a ideia não era salvar o planeta? Será que as árvores não foram poupadas disso? Bom! Não entrarei muito em detalhas em relação a isso. Essa é uma discussão para uma outra postagem. Além das caixas, temos também mochilas, sacolas retornáveis ou reutilizáveis que podem ser levados da casa.

Não podemos esquecer que nesses estabelecimentos estão sendo vendidas as tais sacolinhas biodegradáveis. Seu custo é R$ 0,59 conforme a TAC (Termo de Ajuste e Conduta), firmado entre APAS, Ministério Público e Procon-SP. Sendo assim, você ao comprá-las estaria pagando pelo preço da sacolinha que não é mais distribuída, e mais essa que carregará a sua mercadoria.

O mais engraçado de tudo isso é a explicação da diferença entre os dois tipos, um plástico e o outro biodegradável. Qual a diferença? Apesar de a biodegradável se decompor mais rápida que a outra, ambas causam impacto ambiental igual. Chove, elas vão para o bueiro e ajudam a causar enchentes, uma não difere da outra nesse aspecto. Só não sei em relação aos animais marinhos. Porque uma outra questão foi essa, alegando que os pobres animaizinhos estavam engolindo sacolinhas plásticas e causando complicações em sua saúde. Será que as biodegradáveis vão dissolver em seus corpos? Brincadeiras a parte, o caso é que continua na mesma.

A lei da proibição entrou em vigor no dia 4 de abril de 2012, nesse dia, a secretaria Municipal do Verde e o Meio Ambiente fazia as suas fiscalizações, a multa para o comércio que desrespeitasse variava entre R$ 430,00 a R$ 6,3 milhões.

Muitas pessoas foram até o supermercado nesse dia e não encontraram as sacolinhas. Assim como nos dias seguintes, o que causou uma revolta, porque quem era contra tudo isso, não levou nada de sua casa para carregar as suas mercadorias, e nem quis comprar as sacolinhas ou ecobag. Também tinha lugares que não tinha as caixas de papelão. O que resultou em furtos de cestinhas dos mercados e carrinhos de compras sendo levados embora. Sabem aquelas sacolinhas para embalar frutas e verduras, que ainda continuam sendo distribuindo de graça? Elas ganharam outra função, a de levar mercadoria para casa.

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