quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Esperança de um dia melhor


Pobre crianças africanas! Crianças que choram por um prato de comida. Barrigas vazias dormem todos os dias. A espera de um dia melhor. Mas esse dia ordinário que não vem. Com a seca, tudo seca. Tudo leva! Todos lutam pelo mesmo alimento. Bichos e humanos. Humanos comem bichos. Bichos comem humanos. As larvas comem todos.

Alimentos são trazidos para ajudar essas pessoas. Pessoas ficam felizes. Aceitam como se fosse um último pedido diante da morte. Uma súplica de todos os dias. Um lugar onde a felicidade não passa de um prato de comida. Não tem tempo para pensar em supérfluos. Somente na comida do dia seguinte. E acreditem! Tem gente sem compaixão diante dessa situação. Roubam alimentos doados e vendem para aquelas pessoas.

Olhos desesperados que assistem a todos os dias uma morte. Um vizinho, um ente querido ou um amigo que se vai. Mães desesperadas sem ter o que dar a seus pequenos. Que em seus braços berram de fome. Infelizmente o seu alimento também secou. Pestes contribuem para o quadro devastador. Onde a tristeza e a pobreza dão as mãos, em um casamento, que não pensam em se separar, nem mesmo deixar aquela região.

Muitos conflitos tomam a região, mas a única guerra que eles precisam vencer é a da fome e seca. Essa que mata. Que destrói. Que levam muitos deles. Não de uma vez como nas guerras, mas aos poucos. Um a um. Muitos não chegarão a idade adulta. E a esperança fica! Que a chuva venha e traga muitos frutos. Muitos morrerão com a esperança. Não chegarão a ver a tão esperada chuva. Outros vão ver, mas não verão os frutos. Restarão somente aqueles que saborearão os frutos amargos.

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